sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mensagem do Reitor, por ocasião do encerramento do Ano Lectivo de 2010

Caros discentes,
Ilustres docentes,
Estimados funcionários,
Colegas,

Brevemente, encerraremos mais um ano lectivo. Um ano que se revestiu de tremendos desafios, de renovadas expectativas, de falhas e sucessos. Enfim, um ano, em conclusão, de ventos favoráveis.

Consolidamos o programa de desenvolvimento infra-estrutural em Nampula, Pemba e Sanga. Todas as energias foram direccionadas para a consolidação dos curricula e ainda, para o reforço da componente pedagógica, quer para os docentes como para os discentes. A UniLúrio continua alocando mais de 70% dos seus investimentos no desenvolvimento infraestrutural, como corolário das diversas obras que acontecem nos três campus. Com orgulho, poderemos assim afirmar, que estamos a usar nossas salas construídas de raiz. São um total de 26 novas salas em Marrere e Pemba. Igualmente, em 2010, dois importantes laboratórios de Medicina Dentária e Optometria começaram a ser usados.

Nos concentramos, igualmente, na dotação de sistemas de Registo Académico, Recursos Humanos e Finanças. Estas ferramentas digitais deixarão a UniLúrio mais fiel, eficaz e eficiente. Mas, ainda este ano, voltamos a apostar no envio de estudantes e docentes para formação no estrangeiro. Universidade do Porto e China foram os destinos. Em Junho deste ano completamos o 3º ( terceiro) aniversário. Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro muito nos honrou com a sua participação, numa cerimónia singela, porém, repleta de significado e simbolismo. Celebramos então três aniversários, convictos de que ainda precisamos de fazer tudo. Não existem ainda motivos para repousar, vacilar ou nos sentirmos intimidados.

É significativo que tenhamos recebido da sociedade civil, na cidade de Nampula, duas distinções consecutivas: Melhor Instituição de Ensino Superior – mesmo sabendo que estamos no começo. Estas referências servem de baliza para a determinação dos próximos rumos. Temos e teremos de trabalhar muito e arduamente. Teremos de nos entregar mais, de dialogar mais com a comunidade, com o mercado e com as instituições disponíveis. Teremos, enfim, de abrir as portas da universidade, para que toda a sociedade sinta esta casa e este projecto, como parte de cada um.    

Parte II

Ao longo do ano, uma vez mais recebemos diferentes visitas. O nosso Vice-Ministro da Educação foi o orador do ano. O Ministro da Ciência e Tecnologia também esteve presente no arranque do ano lectivo e criou as condições para que o Projecto STIFIMO fosse implementado. O escritor Mia Couto proferiu a aula inaugural em Lichinga e visitou as escolas secundárias de Sanga e de Lichinga. Com os nossos estudantes e os do Ensino Secundário ele abordou a leitura como uma ferramenta que os poderia libertar e fazer deles cidadãos e profissionais diferentes, mais cultos, mais conhecedores do mundo e mais cidadãos. Os EUA e o Japão, para além da Universidade do Porto, estiveram no nosso seio. Como fruto destas relações, enviamos alguns dos nossos estudantes e docentes, para a Universidade do Porto, onde devem concluir as suas Licenciaturas e Mestrados.

Pela primeira vez, desde que a universidade foi criada, concentramos um conjunto de docentes de, pelo menos, nove países distintos, nomeadamente, Brasil, Cuba, Colômbia, Espanha, EUA, Itália, Índia, Portugal e Zimbabwe – capital humano com reconhecida competência e que almeja os nossos objectivos e partilha as nossas dificuldades. São estes docentes que, aliados aos docentes nacionais, na grande maioria, nos têm ajudado a erguer esta universidade e a firmar o nosso nome no panorama nacional.

A internacionalização da Universidade foi complementada com a indicação da UniLúrio para o Comité Executivo da Associação das Universidades da África Austral. Assim, estaremos, num período de três anos, cuidando da cooperação e das parcerias com as restantes 59 universidades que integram esta região do sub-continente.

Igualmente, a nossa universidade hospedou, com o apoio de outras instituições do Ensino Superior da cidade, a XIII Reunião do Conselho de Reitores de Moçambique. Os vinte Reitores membros estiveram presentes e, num gesto inédito, reuniram, em colóquio, com mais de 500 estudantes de cinco instituições. De forma livre e directa, os Reitores responderam às várias questões colocadas pelos estudantes. Mais importante ainda, estes Reitores visitaram diversas turmas da Escola Secundária de Nampula onde tiveram a oportunidade de com eles dialogar e oferecer, pelo menos, um livro.

Parte III

O ano que agora termina foi fértil em actividades de extensão. Com efeito, os discentes iniciaram seus estágios pré-clinicos no Hospital Central de Nampula, nas Farmácias e outros locais. A cordialidade e simplicidade com que têm trabalhado com profissionais e o público fazem com que todos granjeiem muita simpatia e carinho por eles. Em cerca de 10 meses de período pré-clínico, recebemos diversas mensagens de encorajamento, de solidariedade e de admiração. Será preciso, pois, que esta humildade, este espírito de querer aprender mais e melhor, se mantenha, para que se alcancem resultados positivos, dos estágios.

A UniLúrio contabiliza agora cerca de 350 famílias. Agregados familiares que, como sempre me referi, são, igualmente, docentes e parceiros de primeira linha e hora da Universidade. Pensando nelas, a universidade organizou o Colóquio sobre a Cólera. Este evento contou com o apoio da OMS e do Ministério da Saúde, tendo congregado participantes e actores, directos e indirectos, de alguns distritos da província e de instituições com responsabilidades acrescidas na minimização dos efeitos da epidemia. Certamente a cólera ainda vai continuar, mas o colóquio teve o condão de identificar os principais vectores e recomendar medidas tendentes a reduzir os casos.

Ainda assim, fomos um pouco mais ousados e trouxemos a AMETRAMO para o interior do nosso edifício. Numa actividade organizada plenamente pelo Curso de Farmácia, a AMETRAMO veio saber o que é um laboratório, como se identificam os princípios activos das plantas, frutas e outras. Queremos diminuir o fosso entre a ciência e o conhecimento não científico. Quando mais de 70% da nossa população ainda recorre à medicina tradicional, nenhum de nós pode ficar alheio a esta realidade.

Os estudantes de Nutrição fizeram, do mesmo modo, sua semana de Nutrição trazendo as Senhoras do Posto Administrativo de Muatala, para o refeitório. Foi uma semana de verdadeiro aprendizado, de muita culinária e de aproveitamento de produtos e matérias que são desperdiçadas. Quem sabe, nunca mais deitaremos fora a casca de ovo – rica em cálcio – ou as sementes de abóbora com ferro.

A Feira de Saúde teve lugar nos distritos da Ilha de Moçambique e de Monapo. Foi uma feira com contornos educativos, com níveis de participação bem acima do esperado. Com mestria e zelo os discentes, sempre acompanhados pelos docentes, prestaram importantes ensinamentos sobre nutrição, cuidados de saúde primários, medicina dentária e aconselhamento sobre HIV. Os presentes, de forma lúdica, rentabilizaram o investimento. A colecta de sangue foi, de longe, bem superior àquela que se consegue obter em circunstâncias normais.

Merece destaque, no âmbito das diferentes realizações de que tenho feito menção, a Campanha de Saúde Oral, levada a cabo pela nossa Faculdade de Ciências de Saúde, muito particularmente, pela Coordenação do Curso de Medicina Dentária. Pelo menos 10 mil crianças de 7 escolas primárias da periferia de Nampula foram beneficiadas. Este foi o recorde de beneficiários que a universidade jamais atingiu, numa única campanha. Os meninos que beneficiaram desta campanha foram educados para cuidar de seus dentes, como nunca antes havia acontecido. Esta campanha pode continuar, agora com a administração de flúor.

Parte IV

O Festival N’Sope, Salto à Corda, trouxe de volta uma modalidade cultural que andava muito esquecida. O Festival veio para ficar e no próximo ano deverá acontecer, mais ou menos na mesma altura, com mais tempo de preparação e com maior envolvimento das escolas primárias e secundárias. No mesmo diapasão, a Semana sobre o Empreendedorismo foi uma oportunidade única para reunir as mulheres que na cidade usam todo o seu talento para propiciar à urbe o essencial. Faltam a estas mulheres oportunidades de crédito, faltam apoios institucionais e o papel da universidade é facilitar o contacto entre as diferentes instituições e os agentes económicos. De igual modo, esta actividade tem de continuar. O DOCKANEMA, uma vez mais, se fez presente na nossa cidade e nas comunidades.

No âmbito desportivo, o Atletismo continua sendo uma modalidade de mais valias. Este ano, os nossos discentes da FCS participaram no Nacional de Ténis, em masculinos e femininos. Nos pólos de Niassa e Pemba, as equipes de futebol de salão, encontraram terreno fértil para vencer e convencer.
Merece destaque o estudante de Pemba que se converteu no primeiro mergulhador da breve história da UniLúrio.

Existem outras e várias realizações, como sejam, as Feiras do Livro, os debates públicos, as obras editadas e muito mais. Todas estas manifestações culturais deixam antever a formação de profissionais que saberão honrar e valorizar a sua profissão, pessoas que se auto-estimam, que se preocupam com o próximo.

Parte V

Para o ano lectivo de 2011, a atenção continuará centrada na melhoria das condições para os estudantes do pré-clínico. Teremos de iniciar estágios para os cursos de Biologia, Engenharia Informática, Engenharia Florestal e Desenvolvimento Rural. As empresas que receberão os nossos estudantes começaram a ser identificadas e se mostraram muito disponíveis para com elas partilhar seus conhecimentos e aquilo que faz delas líderes, nas suas áreas de actuação.  

Mas, o ano 2011 será igualmente importante porque iniciaremos uma transição para as nossas instalações em todos os Campus: Marrere, Sanga e Pemba. Assim, poderemos concentrar-nos na criação de outra infra-estrutura que continua em falta. Teremos, pois, de pensar nas bibliotecas, no sistema de comunicação on-line com Banda Larga, permitindo uma ligação com todos os campus. Teremos de construir a nossa infra-estrutura desportiva para impulsionar modalidades como Ténis e Atletismo, onde temos já talentos de reconhecido valor. A parte cultural também terá de ser reforçada. Da mesma forma, vamos iniciar um curso superior de enfermagem, o primeiro do género, que será hospedado na nossa universidade. Com o apoio do Brasil participaremos, a partir de Agosto de 2010, numa formação de Mestrado para docentes dos 3 pólos. Aliás, o ano 2011 se reveste de particular importância. Em 2012 faremos os primeiros graduados. 

Durante 2011, pensaremos como organizar uma cerimónia condigna, com pequenas obras que cada um dos estudantes possa escrever e ilustrar, com as fases do curso, com as observações, com os momentos mais marcantes e com os docentes que melhor serviram durante a sua formação. Esta será uma parte do livro da vida de cada um dos nossos discentes.

Convidamos a Senhora Doutora Leonor Beleza, da Fundação Champalimaud, para abertura do Ano Lectivo de 2011. Ela visitará o Campus de Nampula, de Sanga, e ainda, de Pemba. Oportunidade única para os nossos estudantes dialogarem com a ex-Ministra da Saúde de Portugal e uma das mais respeitadas personalidades na área de saúde visual. A Fundação  Champalimaud procede à doação de cerca de 1 milhão de Euros, todos os anos, às instituições que mais se destacam no campo da prevenção e tratamento da cegueira.

Finalmente, 2011 será o ano de preparação para as nossas primeiras cerimónias de graduação.

O Reitor, 
Prof. Doutor Jorge Ferrão

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Compatriotas! Bem vindos à Unilúrio!

A Universidade Lúrio, carinhosamente baptizada como Unilúrio, é a mais jovem universidade pública do país. A segunda, depois da independência e a primeira, que se estabelece fora da cidade capital, Maputo.

A Unilúrio materializa o sonho e a insistência de professores, pesquisadores, políticos, parceiros de cooperação e sobretudo, os anseios de todas as comunidades que habitam a região norte de Moçambique, que sempre acreditaram que um dia as oportunidades de formação chegariam à sua região.

Lúrio é o nome de um Rio. Um rio que serpenteia pelas fronteiras das províncias de Cabo Delgado,Nampula e Niassa. Um rio que ao longo de séculos serviu de berço para inúmeras civilizações. Um rio que com o seu saber, vitalidade, magia e mitologia, alimentou o conhecimento, os prazeres e as vivências dos ribeirinhos. Um rio que divide e une. O Lúrio que dá sabor aos sonhos de milhões, que pinta de luz a concórdia, a amizade e a solidariedade. Um rio que empresta o seu nome a várias famílias, localidades, aviões, hotéis e agora universidades.

Nos últimos anos, o mundo questiona a universidade como nunca o tinha feito anteriormente. O debate endurece quando se analisam e avaliam custos, utilidade, qualidade e, inevitavelmente o uso de recursos públicos.

Não obstante, sobram pouquíssimas dúvidas em relação ao reconhecimento, relevância, sabedoria e, convenhamos, o mistério que as universidades carregam consigo. Na realidade o conhecimento é crucial para o desenvolvimento. Para transformarmos os nossos recursos em riqueza, elevar o padrão de vida dos moçambicanos, necessitamos, indiscutivelmente, de conhecimento. O conhecimento tem sido o factor fundamental na determinação do padrão de vida e na economia mundial. As economias mais avançadas baseiam todo o seu desenvolvimento no conhecimento tecnológico que geraram, ao longo de anos, inovações, tecnologia apropriada, enfim na massa crítica que gere e coordena esse conhecimento.

Li um dia algo que dizia que os pobres e os ricos são diferentes, não apenas porque têm menos capital, mas também e, fundamentalmente, porque têm menos conhecimento científico. O conhecimento poderia então, iluminar milhões de pessoas que vivem na escuridão do desconhecimento e da pobreza desnecessariamente.

O processo epistemológico pode ser importado ou gerado internamente. Criar conhecimento é caro. Muito caro! É tão caro que os países industrializados continuam a levar vantagens sobre os países em vias de desenvolvimento.

A Unilúrio iniciará as suas actividades com uma Faculdade de Ciências de Saúde. Queremos formar médicos, farmacêuticos, estomatologistas, para suprir as necessidades do país. Imagine-se que, na provincia de Nampula, existe um médico para cada 49.000 pessoas. Estes indicadores, as sinergias que pretendemos estabelecer, nortearam a nossa opção inicial.

Teremos um total de 140 estudantes, oriundos de todo o país. Os nossos critérios de admissão são universais e tomaram em conta, todas as experiências nacionais de outras instituições de ensino superior no país. Ainda assim, consideramos que o ensino secundário, devido a questões estrutarias e conjunturais, forma estudantes com deficiências. Para colmatar esta situação, a Unilúrio optou por iniciar o ano lectivo com cursos propodêuticos. Pretendemos elevar o nível de conhecimento dos estudantes, nivelar lacunas básicas e, fundamentalmente, ensinar o estudante a estudar, a consultar bibliografias, a consultar referências na Internet, a ganhar disciplina e rigor universitário. No final deste processo, os candidatos terão de provar para si próprios que estão em condições de avançar.

Uma marca que fará a diferença será o programa “um estudante, uma família”. Os nossos estudantes adoptarão um agregado familiar, desde o começo, para transmitir conhecimentos básicos de prevenção de patologias básicas. Este programa foi desenhado tendo em consideração que o tratamento de doenças simples, como por exemplo, diarreias, poderiam ser facilmente tratadas. Porém, milhares de crianças ainda padecem destes males. Mas, ao adoptarem as famílias, os estudantes criarão uma base de dados que nos permitirá reavaliar hábitos e sugerir políticas de saúde e nutrição mais adequados.

Vários parcerios estão connosco nesta caminhada. O governo da província de Nampula tem providenciado apoio de toda a natureza. O Rothschild Bank, os CFM, mCel, Kenmare, Skillshare Africa, USAID, KIT e NUFFIC (Holanda) e outros, acreditam num futuro diferente para os moçambicanos. Para todos eles, os nossos sinceros agradecimentos. Gostaríamos que outras instituições se juntassem a nós.

Estamos no processo de estabelecer cooperação científica e tecnológica com as universidades de Witswatersrand, Nairobi, Porto e Aveiro. Com eles trocaremos estudantes, professores e diversos materiais.

Temos uma profunda e imensa gratidão por Cuba, pelos professores cubanos e outros especialistas que ao longo dos anos trabalharão ao nosso lado. Com este apoio pretendemos fazer uma universidade melhor, mais competitiva e merecedora de reconhecimento internacional. Com os professores cubanos e todos os restantes docentes e discentes, montaremos as nossas clínicas universitárias que darão sustentabilidade ao empreendimento. Estas mesmas equipes, deverão, com regularidade, visitar famílias mais desfavorecidas e providenciar apoio e aconselhamento hospitalar e preventivo.

A nossa eterna estima e apreço, igualmente, para todos os que, de forma desinteressada, acreditaram e estiveram do nosso lado desde a hora zero. Ninguém cobrou um centavo, nem virou costas aos nossos apelos. Todos entenderam que este desafio representa muito mais que valores financeiros ou de outra natureza. Aos colegas da UEM, Medicina, Arquitectura, Registo Acadêmico, Reitoria, Comissão de Exames, Centro de Documentação e Informação, CIUM e a todos os outros, ficaremos eternamente gratos.

A Unilúrio aproveita igualmente agradecer ao seu “Board of Trustees”: Dra Graça Machel, Prof. Doutor Oscar Monteiro, Prof. Doutor Filipe José Couto, Dr. Aires Aly, Sr. Roger Agnelli, PCA da Vale do Rio Doce-Brasil, Dr. Mia Couto, General Raimundo Pachinuapua e Sra Teresa Heinze Kerry. Cabe a estas ilustres personalidades representar a UniLúrio, auxiliá-la na implementação da sua missão e visão. A este Conselho, cabe a responsabilidade de representação no país e no exterior. De todos vós esperamos apoio moral sempre que estejamos prestes a vacilar.

O nosso ano lectivo inicia no dia 09 de Julho 2007. As nossas celebrações começam no dia 18 de Junho em Nampula. Esperamos receber convidados de diferentes partes do mundo proferindo palestras e participando nas actividades culturais e recreativas.

Em meu nome, do corpo docente, administrativo e dos estudantes, endereço o nosso muito obrigado aos contribuintes.

Faremos tudo para honrar o vosso sacrifício e disponibilidade.

Obrigado ao Governo por acreditar em nós.

O Nosso lema será sempre “ Scientia, Cretum, Fides”.

Com o nosso maior apreço e estima,

Prof. Doutor Jorge Ferrão

Reitor